tag:blogger.com,1999:blog-113813622024-03-14T08:07:43.941+00:00Lua do SilêncioOu lua vazia, ou lua negra. É a lua de todas as possibilidades, de todos os inícios e de todos os fins.Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.comBlogger206125tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-31633197281810365352014-04-27T00:36:00.000+01:002014-04-27T00:37:36.140+01:00Sobre frustração<span style="background-color: white;"><span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px; text-align: justify;">Frustração é uma palavra que atravessa o dia-a-dia de cada pessoa, não só na dança, mas na sua vida e no seu trabalho pessoal para que a sua essência se consiga expressar. O desafio é conseguir transformar o sentimento de derrota, numa faísca de aprendizagem, foco e atenção.</span></div>
</div>
<span style="background-color: white;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white;">
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;">Dias intensos de trabalho e prática, em que o cérebro não consegue acompanhar o ritmo do corpo, mas a adrenalina está pulsante, não há uma paragem porque dentro também não existe a palavra desistir.</span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;">
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><br /></span></div>
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><div style="text-align: justify;">
Hoje aprendi o quanto é valioso abrir mão destas crenças sobre nós mesmas, do nosso sentir, do nosso enclausuramento na dor, da dor em sim.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><br /></span></div>
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><div style="text-align: justify;">
A dor por si só corroi profundamente, a frustração alimentada é uma bomba relógio que vai implodindo, cada vez mais forte e intensamente, se não permitimos que ela atravesse, se não lhe damos espaço a que ela se expresse, não aprendemos.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><br /></span></div>
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><div style="text-align: justify;">
Estar na dor é uma busca interna de sair dela, de sair do esforço, do limite, da auto-flagelação e até da auto-sabotagem. A aprendizagem é dura, porque não está só no saber fazer e reproduzir o que vemos, está em nos deixarmos penetrar pelos sentimentos que aquele movimento, dança, ritual, sabor, situação, conflito, nos trazem, levá-los até ao nosso coração e permitir-lhe uma alquimia que se expressa em acção e em poder. É este o poder que vem de dentro, e não é o poder da capacidade, é o poder do ser, da presença.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><br /></span></div>
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><div style="text-align: justify;">
Cada momento é uma travessia, mesmo que possa parecer o fim do mundo, ou uma morte, se reflectirmos sobre o caminho que nos trouxe até aqui,quantos fins do mundo e quantas mortes passamos? E o que fez isso de nós?</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><br /></span></div>
<span style="color: #606060; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"><div style="text-align: justify;">
Gosto de questionar e deixar suspensas as questões, porque como em tudo na vida, não há respostas definitivas e sem vida. Não somos sempre as mesmas pessoas, principalmente quando nos permitimos dar o corpo e a alma à alquimia da transformação.</div>
</span></span><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-13049376935520738372013-10-20T17:00:00.002+01:002013-10-20T17:00:32.362+01:00Retorno à Sacralidade da Terra<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="text-align: justify;"> A Terra é uma das manifestações mais primitivas do sagrado,
dela tudo vem e a ela tudo retorna. Nos dias que correm o que é primitivo é
selvagem, é fora de moda, sujo, horrível e intocável, tudo para introduzir e
dar lugar ao que é moderno, clean e belo, principalmente apenas na aparência.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-avN5bbhJwAU/UmP8p5JuXlI/AAAAAAAACMo/aL2TOLXtyqM/s1600/-Sacred-Earth--fantasy-582351_558_954.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-avN5bbhJwAU/UmP8p5JuXlI/AAAAAAAACMo/aL2TOLXtyqM/s640/-Sacred-Earth--fantasy-582351_558_954.jpg" width="372" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Trazemos nos nossos genes estas contradições impressas como
forma de garantir a longevidade e sobrevivência deste tipo sociedade, cultura e
economia “modernas”, prosperando em pequenos gigantes monopólios que controlam
e manipulam tudo o que vemos, tudo o que sentimos, tudo o que comemos. O
primitivo, esse monstro do início dos tempos, é explorado até aos seus últimos
recursos e colocado na gaveta da fonte de doenças e todos os outros males da
humanidade porque na verdade o que eram bom era vivermos todos do e no ar, já
agora com máscaras.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nós e as nossas crianças crescem a ouvir: “Pára de mexer na
Terra, vais ficar todo sujo, que mau aspecto!”, “ Não podes brincar lá fora
senão ficas doente!”, “comer Terra, que nojo!”, and so on… Qualquer semelhança
com o que é dito às crianças para não tocar nos seus genitais ou às
adolescentes que menstruam pela primeira vez, é pura “coincidência”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas que semelhanças são estas afinal, entre a forma como
tratamos a Terra e a forma como orientamos o crescimento das nossas crianças,
ou como tratamos o nosso corpo ou o nosso sangue?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Metrópoles e metrópoles, belas cidades com boas camadas de
cimento e betão, e lá bem para o fundo, onde ninguém a vê, onde ninguém lhe
toca, onde ninguém a cheira, onde ninguém a sente, a Terra… Uma mulher linda,
cheia de maquilhagem recebe elogios maravilhosos, e por baixo do anti-olheiras,
da base, do blush, da sombra, da máscara, do baton…um rosto cansado e triste
responde: “sim, é o disfarce de uma mulher esgotada que tenta dizer a si mesma
que afinal há algo de belo em sim, mesmo que seja artificial”. Claro que os
elogios ficam sem reacção… E na verdade, esta seria a resposta da Terra se lhe
dessemos voz.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se Ela tivesse voz ela gritaria, gemeria, se ela tivesse
água ela choraria em pranto. Mas será que ela sofre em silêncio? Será que ela
sofre em silêncio como as Mães vitimas de violência obstétrica nos seus partos,
quando são sedadas, cortadas ou mutiladas sem razão, sem autorização ou só “porque
tem de ser”. Será que há semelhança entre um parto provocado ou uma cesariana
porque o médico tem férias marcadas para a data prevista ou porque está quase a
terminar o turno e a agricultura de adubos e pesticidas químicos que
desrespeitam a ciclicidade das colheitas?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Será também uma infeliz coincidência a relação dos idosos
abandonados a morrerem sozinhos porque não servem para nada e os bosques de
árvores centenárias desbastados em prol de belos resorts ou indústrias?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desenganem-se aqueles que acham que a Terra não sente, que a
Terra não chora, que a Terra não grita. Ela é tão sagrada como o nosso Corpo e
o nosso Corpo é tão sagrado como Ela.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muitas religiões quiseram fazer-nos acreditar que vivemos
aqui num inferno, que temos de o aguentar o melhor que podemos, segundo as
regras que nos impõe para alcançar o “reino dos céus”, o paraíso, seja lá o que
e onde for, na pior das hipóteses até somos simples parasitas que aqui andam a
pairar à espera da morte. Wake-up call, chamado da Terra: o tempo é aqui e
agora, se há algo a fazer é no presente, nesta vida, começando por aprender a
conviver com o que de melhor e pior temos em nós, se é que se pode separar e
julgar, uma vez que a união de cada aspecto dá uma só pessoa e a união de cada
um e cada aspecto de tudo que nos rodeia dá uma só unidade, um só corpo. E isto
dá a noção algo muito maior que nós mesmos, mas do qual somos células activas,
vivas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-KvTroEO426U/UmP8qaURDQI/AAAAAAAACMs/17nKRmGuVmE/s1600/2013080611262112.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="177" src="http://1.bp.blogspot.com/-KvTroEO426U/UmP8qaURDQI/AAAAAAAACMs/17nKRmGuVmE/s320/2013080611262112.jpg" width="320" /></a>A mais profunda lição que a Terra nos dá é a ciclicidade.
Sim, essa mesma ciclicidade que vemos na Mulher. E não, não são as hormonas…
São ciclos naturais que retiram o véu do que precisa mudar, do que precisa
partir. Mas é muito mais simples culpar as hormonas e desculpar-se com uma
alteração de personalidade naquela fase do mês “Eu não estava fora de mim, não
era eu!”. As dores, a irritabilidade, os conflitos são um alerta que vai sendo
coberto com véus e mais véus ao longo dos anos, até um dia explodir. Uma Mulher
que discute com o chefe ou com o companheiro na pré-menstruação, desculpar-se-á
mais tarde que era a SPM, que não estava bem, mas por em causa a sua relação ou
o seu trabalho está fora de questão. Claro que uma qualquer pílula controla
estes monstrinhos a que chamam hormonas e a ciclicidade “provocada” pela
capacidade de gerar vida, porque é bastante óbvio que é muito melhor ter um
cancro. Não se vê logo que o melhor é até nem se ter menstruação, porque é
contra-natura, selvagem e primitivo sangrar por livre e espontânea vontade, dando
liberdade ao nosso Corpo de escolher fazê-lo e renovar-se ciclicamente?
Acaba-se o incómodo e a imundice daquele sangue que suja a roupa, as mãos e que
escorre pelas pernas no banho. Retira-se a fertilidade às mulheres, como se
abafa a Terra et voilá, problema resolvido, mulheres mais calmas e uma
sociedade mais agradável às vistas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ser-se Humano é mesmo isto? Que Humanidade é esta? Em que
Mulheres e Homens nos tornamos? Mulheres cada vez mais masculinas para vencer a
luta entre géneros, homens cada vez mais competitivos, cépticos e distantespara
defenderem a sua masculinidadee manterem a sua reputação de machos, porque “Ser
vencido por uma menina, que vergonha!”. Pois que a uma altura das suas vidas
chega uma doença, uma desgraça, uma tristeza e profunda solidão como resultado
do isolamento do mundo e de si mesmos em prol da ilusão do vencer na vida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Homens e Mulheres, Corpos Humanos e Sagrados como a Terra
que pulsa debaixo dos nossos pés e nas nossas entranhas. Escutar-se,
respeitar-se, cuidar-se é escutar, respeitar e cuidar a Terra, essa Mãe sem
idade que nos acolhe no seu abraço, sem julgamentos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Mãe-Terra pode recuperar o seu poder pouco a pouco, se nós
recuperarmos o nosso. E não é o exercício de poder sobre os outros, é a busca
do poder proveniente da partícula mais profunda do nosso ser. Encontrar este
poder implica muitas travessias aos nossos submundos, às cavernas que ficaram
esquecidas, onde escondemos padrões construídos ou herdados e dos quais não
queremos abrir mão, porque fazem parte de nós. Pois, esta viagem implica abrir
mão do que somos, do que queremos ser ou do que fomos, pelo vazio, pelo nada. E
a aprendizagem nunca trará nenhum resultado final, até porque não há fim. O tesouro
não está escondido em lado nenhum, senão no caminho que fazemos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sim, dá trabalho, muito trabalho. Há momentos em que dá
vontade de desistir? Sim! É um work-in-progress de uma vida, ou várias. Muitos
estarão contra nós, achar-nos-ão aves raras e chamar-nos-ão nomes bem mais
estranhos e absurdos. Num outro lado de cada travessia, porém, estará sempre
alguém que nos abraça, que nos dá a mão, que está presente mesmo sem palavras.
Alguém que nunca esteve onde nós estivemos ou estamos (porque cada caminho é
singular), mas que está presente, fazendo também a sua travessia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se cada um der a sua mão a outras que estejam ao seu lado,
cada um na sua travessia, todos numa busca comum, por um bem comum, defendendo
a Mãe-Terra que nos chama a retornar à sua sacralidade, onde a honramos com Amor,
“Together we will cross the river”.<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="236" src="//www.youtube.com/embed/O0YxeTjFn70" width="315"></iframe>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Ilda Baeza</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
19/10/2013</div>
<div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-7751488337938381292013-07-14T23:09:00.000+01:002013-07-14T23:09:31.286+01:00A minha respiração é a tua, o meu corpo é o teu, o mundo deixou de existir em nós...<div>
O mundo pode acabar neste momento, acabaremos sendo um...</div>
<div>
Não há diferença, nem barreiras entre a nossa pele, somos verdadeiramente um só corpo.</div>
<div>
Os nossos olhos despem-nos de tudo</div>
<div>
E o tudo acontece no nada</div>
<div>
Um momento tão simples, um abraço interminável</div>
<div>
Onde te beijo, onde te amo em matéria, sem matéria</div>
<div>
Porque tudo está manifesto nos nossos corpos sem que eles quase se movam...</div>
<div>
Desejo-te, tanto, tanto, tanto</div>
<div>
Só aqui, só assim, neste momento incapaz de se repetir,</div>
<div>
Sem expectativa, sem futuro, só presente</div>
<div>
E porque é presente posso estendê-lo mais um pouco</div>
<div>
Só mais um pouco, só mais um minuto e outro...</div>
<div>
Os teus olhos estão em mim, estás em mim, profundamente...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-40545807524583539822013-07-14T22:21:00.000+01:002013-07-14T22:21:08.068+01:00Nestes dias o meu coração recorda-te.<div>
Sábio ancião da vida e da morte!</div>
<div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-88196503662774147042013-06-27T11:38:00.000+01:002013-06-27T11:38:14.631+01:00One<div style="text-align: justify;">
Uma música que me leva a viajar, que me dá vontade de chorar, de gritar, de uivar, que acorda uma força inexplicável dentro de mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Cada palavra doi neste corpo vulnerável, frágil, mas aberto e rendido, porque o Amor é muito mais que aquilo que vemos e sentimos, é muito muito mais que a relação entre dois seres, ele transcende-nos, é uma das forças da dança do Universo, que o faz mover, que o transforma, que nos transforma! Porque somos Um nesta Teia.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/ZpDQJnI4OhU" width="420"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: right;">
Is it getting better?</div>
<div style="text-align: right;">
Or do you feel the same?</div>
<div style="text-align: right;">
Will it make it easier on you now?</div>
<div style="text-align: right;">
You got someone to blame</div>
<div style="text-align: right;">
You say one love, one life<br />
It's one need in the night<br />
One love, we get to share it<br />
Leaves you, darling, if you don't care for it.</div>
<div style="text-align: right;">
Did I disappoint you?<br />
Or leave a bad taste in your mouth?<br />
You act like you never had love<br />
And you want me to go without</div>
<div style="text-align: right;">
Well, it's too late, tonight,<br />
To drag the past out into the light<br />
We're one, but we're not the same<br />
We get to carry each other, carry each other<br />
One</div>
<div style="text-align: right;">
Have you come here for forgiveness?<br />
Have you come to raise the dead?<br />
Have you come here to play Jesus<br />
to the lepers in your head?</div>
<div style="text-align: right;">
Did I ask too much, more than a lot?<br />
You gave me nothing, now it's all I got<br />
We're one, but we're not the same.<br />
Well, we hurt each other, then we do it again.</div>
<div style="text-align: right;">
You say:<br />
Love is a temple, love a higher law<br />
Love is a temple, love the higher law<br />
You ask me to enter, but then you make me crawl<br />
And I can't keep holding on to what you got<br />
When all you got is hurt.</div>
<div style="text-align: right;">
One love, one blood<br />
One life you got to do what you should.<br />
One life with each other: sisters, brothers.<br />
One life, but we're not the same.<br />
We get to carry each other, carry each other.<br />
One! One!</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-49608011032858322882013-06-27T11:08:00.003+01:002013-06-27T11:08:20.160+01:00Revolta<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}"></span><br />
<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}"></span><br />
<span class="userContent" data-ft="{"tn":"K"}">Revolta, como a água em tempestade. Pelas gotículas que se julgam um oceano, capazes de o extinguir, pelas ondas que se julgam o poder único, capazes de fazer prostrar todo o oceano perante si, pelos pântanos que julgam ser verdadeiras nascentes, mas não se permitem fluir... revolta pelo julgamento do que parecendo ser, deixa de o ser.</span><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-76427695090149262232013-06-19T20:37:00.001+01:002013-06-19T20:40:04.036+01:00descrença no Amor<div style="text-align: justify;">
Surge uma descrença no Amor...na verdade não é no Amor, mas sim na capacidade de Amar, no ser humano que se rende ao Amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo surge de forma tão superficial que a humanidade parece adormecida e alienada, caminhando na superfície, recheado de medo de se atirar, de mergulhar...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque é que o Amor se tornou tão fútil, tão fugaz, como uma compra de supermercado? Seremos nós humanos, carne de talho que se exibe para ser levada para casa em troca de umas horas de prazer?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até os animais e as plantas têm maior sensibilidade... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ser humano parece rocha impenetrável, constante, imóvel, que não se permite ir, deixando-se simplesmente desgastar no seu peso de permanecer num mesmo ponto atingido pela intempérie e pelo tempo...<br />
<br />
<br />
Revolta, sim...Revolta e tristeza... Esta é hoje a voz do meu silêncio ...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-60167629974364578562013-06-17T09:14:00.002+01:002013-06-17T09:14:36.560+01:00Reclaiming no oposite<span class="userContent"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_51bec4ad70a502504410285">
She's reclaiming her dark feminine as she heals the split. </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
This word has been used to scare her away from the fullness of her essence for a long time. </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
She was indoctrinated into a belief that only light is pure, and the dark is evil. And th<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show">us was she separated from her power. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">She was allowed to live and experience only the 'good' girl, and a very large part of her existence became unsanctioned. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">She got divided between good & bad, which meant acceptance & rejection of her. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">Her raw, mystical, wild, shamanic self was banished into the underground, to be perhaps visited in dreams. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">Her dark is nothing but her denied feminine. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">It is primal, NOT evil. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">As her fear is disappearing, she's refusing to live in guilt anymore. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">She's untangling from shame, the single most powerful weapon of the patriarchy to chain her. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">Her frequent journeys underground have revealed to her the immense power of the dark. She's discovering she was never evil. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">It was just that she would have been too dangerous for the patriarchy. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">She's reclaiming her wildness fully and unabashedly now. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">She knows that the dark is where things take birth. Deep in the earth's womb is where the seed germinates, deep in her dark womb is where life begins to form.</span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">A connection to the dark brings her face to face to her mystical connection with life, death and rebirth. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">She accessing the power of blood mysteries. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">She's travelling to the center of the universe, the black light of the cosmic womb, her most nourishing place right now. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">She's reclaiming Kali, Lilith, Baba Yaga in her. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">In her embrace of her dark feminine, she's healing the split of spirit from matter, heaven from earth, sacred from profane, human from divine, light from dark.</span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">She's sacred. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show">And it has no opposite. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span class="text_exposed_show"></span> </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed" style="text-align: right;">
<span class="text_exposed_show"><em><span style="font-size: x-small;">Sukhvinder Sircar</span></em></span></div>
<br /></span> <div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-6395794980979048722013-06-17T09:10:00.003+01:002013-06-17T09:10:25.942+01:00Resurgence<span class="userContent"><div class="text_exposed_root text_exposed" style="text-align: left;">
<br /> Never underestimate a woman who is suffering <br /> who seems to be making risky choices. <br /> She is deep in lesson. <br /> She is visiting the underground, <br /> she is making sense of life in some invisible way <br /><span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show"> the fragmentation in her life could be a precursor<br /> to a new resurgence. <br /> She could well stun you with some home truths.<br /> <em><span style="font-size: x-small;"> </span></em></span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed" style="text-align: right;">
<span class="text_exposed_show"><em><span style="font-size: x-small;">Sukhvinder Sircar</span></em> </span></div>
</span><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-59513515990613198752013-06-12T18:05:00.003+01:002013-06-12T18:05:43.009+01:00Aprendi que na vida só <b>somos </b>se formos inteiros e verdadeiros. Quando queremos avançar, avançamos com tudo o que temos: entusiasmo, alegria, medo, tristeza, dúvida. Quando não queremos avançar, assumimos a nossa vontade.<br />
<br />
<div>
Vivemos lado a lado com a morte e com o vazio todos os dias, a toda a hora, a cada segundo, no entanto estamos vivos, vibrantes de energia, em nós corre o sangue que nos permite mover.<br />
</div>
<div>
Como mulher, tenho um útero que morre e renasce todos os meses, é assim que me assumo à vida - cíclica.</div>
<div>
É assim que me assumo a mim mesma e aos outros.<br />
<br />
Se esta intensidade é incomodativa, pois que tem como propósito afastar e/ou atrair quem me acompanhe.<br />
</div>
<div>
Sim, sou exigente, mas não me imponho a nada, nem a ninguém, não peço atenção, não quero aquilo que não me podem dar.<br />
</div>
<div>
Basto-me a mim mesma, sou livre, solitária e independente. Não são conquistas, nem lutas ganhas, é um assumir de mim mesma e dos meus recursos.<br />
</div>
<div>
O Amor e a Amizade daqueles que me envolvem são plantas que tornam este jardim mais agradável e mais bonito. Todos eles lá têm raízes, para nutrir e serem nutridos.<br />
<br />
A todos que dele fazem parte, têm todo o meu Amor e toda a minha Gratidão.<br />
<br />
Às ervas daninhas que lá habitam, também têm o meu Amor e a minha Gratidão porque apesar de perecerem rapidamente também me trazem importantes lições de vida.</div>
<div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-36678650824971854312013-05-29T17:21:00.000+01:002013-05-29T17:32:40.658+01:00Epona<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-neNx06vS1hM/UaYqmWXkjUI/AAAAAAAACHA/QErtu8TygmM/s1600/13d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="http://2.bp.blogspot.com/-neNx06vS1hM/UaYqmWXkjUI/AAAAAAAACHA/QErtu8TygmM/s640/13d.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Quando uma mulher se sente insegura, perdida, se questiona sobre o seu lugar, ouvem-se os seus cascos pela terra. Quando a mulher sente uma dor que não consegue curar, ouve-se o seu relinchar. <br />
Raras dizem tê-la visto na encruzilhada... Porém muitas a ouvem, muitas a chamam, para fugir, mas o que não sabem é que essa fuga as levará ao mesmo lugar, tantas vezes quantas forem necessárias, para que se questionem, sobre o seu lugar, a sua entrega, as suas certezas, o seu caminho.<br />
<br />
Diz a lenda que ela apareceu com uma mulher-loba.<br />
<br />
A mulher-loba, selvagem, amazona, na solidão da floresta, sentia um vazio no seu peito por se apaixonar por tudo o que se desvanecia. A paixão atravessava-a, mas não ficava, não se transformava. Certa noite, ela desejou fortemente que a paixão chegasse para que a pudesse agarrar e fazê-la permanecer, florescendo em Amor. E assim foi, a paixão chegou, ela sentiu-se crescer, crescer, crescer...sentiu-se abrir, rasgar... a sua pele caía em pedaços, o seu coração batia tanto que ela se sentia morrer, queria gritar, mas a sua voz falhava... o que aproximava o Amor da Morte estava a manifestar-se em si, mas ela não queria perder a sua liberdade, a sua identidade, não queria se dissolver e por isso chamou a sua égua para que ficasse perto de si, sempre. <br />
<br />
Sempre que se sentisse morrer ela tinha a certeza que podia fugir e assim, as dores passavam... Um dia, ao fazer amor com o seu amado, ela sentiu tanto medo de que a dissolução estivesse perto, que chamou Epona e fugiu para as florestas...mas o seu desejo tinha sido tão forte, que Epona a trouxe de volta, vezes sem conta.<br />
<br />
A mulher-loba acordou numa noite com a lua iluminando o seu rosto e o do seu amado e soube que era o momento. Os seus olhos cruzaram-se tão profundamente que as suas almas se tocaram, os seus corpos se fundiram num só corpo que ondulava e rebentava, abrindo-se como o oceano, os seus corações batiam num uníssono com o coração da Terra. <br />
<br />
Nesta rendição, dois corpos sagrados resnasceram e partiram unidos para novas paragens.<br />
<br />
Epona permaneceu. Hoje ouvem-se os seus cascos, o seu relinchar... E quando uma mulher decide fugir à entrega total em nome da sua aparente liberdade ou individualidade, ela leva-a por caminhos tortuosos e trá-la de volta, até que ela possa aprender a lição da rendição ao sagrado masculino, como mulher sagrada e completa.<br />
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<em><span style="font-size: x-small;">Fotogafia: Carla Costa</span></em></div>
<div style="text-align: right;">
<em><span style="font-size: x-small;">Edição fotográfica: Francisca Irina Faísca</span></em><br />
<em><span style="font-size: x-small;">Texto: Ilda Baeza</span></em></div>
<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-89052152044521227412013-01-20T23:49:00.002+00:002013-01-21T00:08:28.821+00:00Uma velha, muito velha...Ela é velha, muito velha. Vive numa casa com telhados de vidro, mas não atira pedras aos dos outros.<br />
<br />
No centro da sua cozinha tem uma grande pedra...chama-lhe lar. É nesse centro que está o fogo, o fogo de Brigid, que alimenta a alma de todos os que lá passam, para comer a sua sopa, contar e ouvir histórias, pedir os seus conselhos ou simplesmente ficar a admirar aquela fonte mágica de vida, que nunca se apaga.<br />
<br />
Diz-se que essa velha não tem idade, todos os seus filhos e netos já partiram.<br />
<br />
Apesar da ausência de laços familiares, ela nunca está só, mesmo quando tem a casa vazia de gente.<br />
<br />
Dizem que à noite se transforma, que é possuída por um demónio e que corre pela casa, formando redemoinhos, elevando todos os cacos e farrapos, que com ela rodopiam, voam, caindo intactos, de volta aos seus lugares precisos...<br />
<br />
Dizem... é o que dizem... e porque dizem, têm a sua razão!<br />
<br />
Aquela velha muito velha de dia é luz que acalma as almas e de noite é tormento que inquieta corações.<br />
<br />
De dia todos a amam, de noite, todas a temem.<br />
<br />
Mas alguns, muito poucos, se atreveram a conhecer aquela velha, nas suas noites...<br />
<br />
Numa dessas noites, uma jovem, atraída por uma voz magnificiente, que unia céu e terra, entre o mais harmonioso e mais cavernoso que já tinha ouvido na sua existência, dirigiu-se até àquela misteriosa casa.<br />
<br />
A habitual porta tornara-se um portal de madeira imponente, lá dentro estava tudo escuro, como a noite e lá em cima todas as estrelas brilhavam, embaladas pelo Velho Crescente.<br />
<br />
O chão era terra, pura terra, revolvida, macia e envolvente.<br />
<br />
"Descalça-te filha." Ouviu ela. Fascinada com o que estava a presenciar, anuiu e prosseguiu descalça.<br />
<br />
Apercebeu-se que caminhava numa floresta, quando pisou uma raiz, e ao tentar agarra-se a algo, abraçou um voluptuoso tronco.<br />
<br />
Seguindo a voz que a tinha chamado, naquela floresta, em noite negra, chegou perto de um fogo tão belo que cruzava os céus em tons de branco, vermelho e preto. Tão intenso, tão profundo que a fez chorar. E ali, estática a uns metros do fogo, ela chorou e chorou. As suas lágrimas pareciam não ter fim, aos seus pés a água corria, como um pequeno ribeiro que procurava outras fontes para fertilizar a terra.<br />
<br />
Quando já nada mais tinha para chorar, purificada, sentido o seu coração maior que do que si mesma, tentou aproximar-se do fogo. No entanto, algo a impedia, uma força maior, uma parede de invisível.<br />
<br />
"Despe as tuas roupas." Novamente aquela voz...<br />
<br />
Vacilando, questionou-se: o que estava a acontecer? Porque tinha de se despir? Começava a sentir-se desconfortável naquele local que, olhando à volta, parecia apenas um sonho sinistro... Mas uma vontade imperiosa de chegar perto daquele fogo, despiu-lhe cada peça de roupa que vestia.<br />
<br />
Ao ficar nua, começou a sentir o calor daquele fogo mais próximo de si, tomando cada parte do seu corpo, cada recanto. Chamas rodopiavam à sua volta e dentro de si, acariciavam a sua pele em fogo e queimavam-na em êxtase por dentro. O seu corpo deixou de existir para ser fogo conectado com a Terra e com o céu. Conseguia ver e tocar as estrelas e o Velho Crescente, abraçar as raízes profundas daquelas árvores milenares.<br />
<br />
De si fluía um néctar, com todos os tons do arco-íris. Quando tocava o chão brotavam flores, ervas e rebentos de novas árvores. Pequenos animais aproximavam-se para se deliciarem.<br />
<br />
Aquele fogo que se estendia ao céu e à terra tornava-se cada vez mais forte e cada vez mais quente, balançava, balançava, rodopiava, dançava... era luz na escuridão e escuridão na luz... aquela luz que atormentava os seus olhos...<br />
<br />
"Come estas papas de aveia!"<br />
<br />
"Humm? Papas de aveia? Mas o que aconteceu? Onde estou?! Aquele fogo..."<br />
<br />
Um profundo suspiro e um sorriso...<br />
<br />
Era assim que acordavam, no colo daquela velha, muito velha... Na casa da Grande-Mãe... Junto do seu fogo sempre-vivo, que nutre aqueles que a visitam...de dia ou de noite...<br />
<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-82568255526495528472012-10-03T14:02:00.000+01:002012-10-03T15:48:32.024+01:00Ser em ciclos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-gq8mL9XRoeo/UGxEBT_25AI/AAAAAAAACEY/wv0_ys61Etg/s1600/abstract-art-on-canvas-rise-of-the-divine-feminine.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/-gq8mL9XRoeo/UGxEBT_25AI/AAAAAAAACEY/wv0_ys61Etg/s640/abstract-art-on-canvas-rise-of-the-divine-feminine.jpg" width="640" /></a></div>
Despejei as pedras de suposta luz que carregava<br />
O que pensava ver, não era luz, nem sombra<br />
Era um estado intermédio de semi-vida, semi-dor, semi-morte.<br />
<br />
Deixei que se apagassem uma a uma<br />
Naquele mar de intensas ondas, <br />
Até ao estado zero.<br />
<br />
Nua, despida do que não me define<br />
Chego aqui ao cimo desta montanha.<br />
<br />
O dia e a noite já não moram aqui<br />
Nem a lua, nem as estrelas, nem o sol...<br />
Uma Terra de nada e coisa nenhuma <br />
Onde ser se perde em bruma<br />
Onde querer se perde em silêncio<br />
Onde ter se desfaz em sombra<br />
Onde sonhar se encontra em celebração.<br />
<br />
Engolida e mastigada por esta montanha<br />
Desmembrada, pedaço por pedaço<br />
Desintegrada, célula a célula<br />
Sou NADA, Sou TUDO!<br />
<br />
Assim me torno alimento desta Terra<br />
Nutro os bichos e as raízes das plantas que aqui crescem<br />
Embebedo-me desta água que me percorre.<br />
<br />
Fico aqui...assim...em ciclo...dia após dia...<br />
E mais um dia...E outro...<br />
<br />
Este tempo é intemporal<br />
As horas são dias<br />
Os dias são horas<br />
As horas são noites<br />
As noites são dias<br />
<br />
E num compasso deste tempo<br />
A terra ferve<br />
Começa a tremer, com o som de tambores<br />
Algo se ergue.<br />
<br />
Células que se reúnem<br />
Numa nuvem de água<br />
Brilha ao sol, um manto de partículas de ar em fogo<br />
<br />
À sua volta forma-se um tornado que eleva a terra<br />
Partícula a Partícula<br />
Esta terra é absorvida por aquele manto brilhante<br />
Tomando uma forma indefinida <br />
Que gira e gira em torno de si mesma<br />
Cada vez mais e mais veloz<br />
Sempre mais veloz <br />
Até à imobilidade da velocidade...<br />
<br />
Na minha condição incondicional<br />
De ser tudo e ser nada<br />
Observo que cada elemento daquela forma<br />
Era meu.<br />
<br />
Agora regenerado<br />
Agora revivificado.<br />
E neste agora tomo consciência<br />
De que não possuo aquele corpo<br />
Ele É...<br />
<br />
Aspirada para aquela forma<br />
<br />
Uma essência que se reúne a uma matéria imaterial<br />
Uma alma que se retrata num novo corpo...<br />
Continuando em giro...<br />
E giro<br />
Constantemente<br />
Irreverentemente<br />
Ansiosamente.<br />
<br />
Até que...<br />
O Corpo pára<br />
Mas a Alma prossegue o movimento...<br />
Do centro da Mãe-Terra<br />
Nasce uma Vibração<br />
Que sobe, sobe, sobe, sobe<br />
Rebenta nos meus pés<br />
Inunda o meu corpo numa vibração extasiante<br />
Leva-me a inspirar desde o meu centro,<br />
Unido ao centro da terra<br />
E dessas entranhas<br />
Sobe a expiração<br />
Selvagem<br />
AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH<br />
<br />
Esta é a voz da Mãe Terra<br />
Que nos relembra<br />
Que somos ciclo de Morte e Renascimento<br />
Que o Corpo é o nosso Templo e o seu Templo<br />
Que na Luz e na Sombra<br />
SOMOS, mesmo deixando de SER.<br />
<br />
<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-79176724832760988662012-08-14T22:40:00.000+01:002012-08-14T22:40:23.514+01:00Cura da Criança Interior...Hoje curo-te...<br />
Devolvo-te a inocência que outros roubaram!<br />
<br />
Limpo o corpo que sentiste sujo<br />
Apago os abusos que sofreste<br />
<br />
Queimo as memórias da criança adulta<br />
Forçada a crescer prematuramente<br />
<br />
Devolvo à Terra a tristeza que ocuparam os teus dias<br />
E rego-a com as lágrimas que derramaste<br />
<br />
Hoje curo-te<br />
E assim Amo-te!<br />
<br />
Quero-te viva em mim...<br />
<br />
Criança que dança descalça<br />
Que come a fruta acabada de colher, ainda quente do sol <br />
<br />
Criança que corre e que canta<br />
Criança que se banha na água da chuva<br />
<br />
Criança que acredita e sorri.<br />
Criança das infinitas possibilidades... <br />
<br />
Hoje curo-te<br />
E o teu vivo e tranquilo sorriso cura-me a mim!<br />
<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-439378907267405632012-06-03T19:55:00.001+01:002012-06-03T19:55:07.778+01:00A minha alma, o meu coração e o meu corpo experienciam um momento de mudança.<br />
<br />
<div>
Como em todos os momentos de mudança, existe fogo que queima o desnecessário, água que limpa as cinzas, terra que nutre as sementes e ar que impulsiona o futuro.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Estes processos são um despertar de consciência. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Despertamos sensações perdidas no tempo, sentimos segurança nos passos, apesar de não saber onde eles nos levam ao certo.<br />
<br />
Estes momentos, afastam e aproximam os seres que estão à nossa volta. Quando a nossa vibração se altera, também as relações se alteram: podem intensificar-se, criar-se ou quebrar-se. Faz parte do processo, embora nem sempre seja fácil aceitá-lo.<br />
<br />
Há quem escolha criticar-nos, outros preferem simplesmente afastar-se, também há os que escolhem a via da aparência e do cinismo, mas felizmente também há os que nos apoiam, compreendem, nos dão força e acompanham a caminhada, com um grau de aceitação que não pensamos existir.<br />
<br />
A nossa paciência também se esgota para determinadas futilidades, porque deixamos de sentir a sua utilidade. No nosso coração flui um sentimento mais puro, mais compreensivo, mais expansivo, que quer abraçar tudo e todos e agradecer esta transmutação, esta pequena transcendência.<br />
<br />
As provocações exteriores são recebidas com Amor, e com Amor perdem o seu sentido e tudo à volta continua a fluir porque o nosso caminho não pára e ninguém o faz por nós!<br />
<br />
Estes momentos de escolhas, parecem incertos por não vermos os resultados, não os conseguirmos quantificar, mas são os mais ricos para a nossa aprendizagem...é quando aprendemos que as decisões que tomamos devem ser feitas sem hesitação, com muita força de vontade e muito Amor pelo caminho que tomamos, largando tudo o que nos impede o de fazer.<br />
<br />
Assim sou mudança, transformação e vontade!<br />
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-29813066347781471212012-02-14T00:03:00.001+00:002012-02-14T09:21:44.571+00:00Dança ao horizonte<br />
Dizem que sim que sou livre...<br />
<br />
Vejo o horizonte, apenas o horizonte e nada mais...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-uGP40tZ71RI/Tzmiv522S0I/AAAAAAAABrI/0o74hhx_u1s/s1600/397286_10150453922391326_221617791325_8975176_64104477_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-uGP40tZ71RI/Tzmiv522S0I/AAAAAAAABrI/0o74hhx_u1s/s320/397286_10150453922391326_221617791325_8975176_64104477_n.jpg" width="212" /></a></div>
E caminho, passo após passo...<br />
<br />
Caminho, caminho e mais caminho...<br />
<br />
E o que vejo? Mais caminho...<br />
<br />
Corro, abrando, tento ir mais longe, ficar mais perto...<br />
<br />
E no horizonte? Apenas ele mesmo...indefinido...<br />
<br />
Danço ao horizonte, ao caminho...<br />
<br />
O que fica?<br />
<br />
Apenas a essência isolada...<br />
<br />
Porém continua a dança,<br />
<br />
A dança que preenche o indefinido horizonte das possibilidades...<br />
<br />
O horizonte indefinido do destino incansável!<div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-81085871843107812642011-10-25T22:24:00.000+01:002011-10-25T22:24:15.521+01:00Uma essência...Sem rumo, deambulando pela floresta, quase etéreo, lá te encontras.<br />
Quase não te consigo ver pela tua fraqueza...<br />
<br />
Sacia-te...bebe do meu sangue se quiseres, alimenta-te da minha carne se precisares, renasce das cinzas!<br />
<br />
O fétido perfume que emanava da tua pele suavemente se torna jasmim...<br />
<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-fodNPE49r9A/Tqcoxaqz7mI/AAAAAAAABKI/nIvCCL533do/s1600/alma-gemea.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="229" src="http://1.bp.blogspot.com/-fodNPE49r9A/Tqcoxaqz7mI/AAAAAAAABKI/nIvCCL533do/s320/alma-gemea.jpg" width="320" /></a><br />
A tua pele transparente ganha agora o tom da terra e os teus olhos trespassam-me a alma...<br />
<br />
Num momento nossas veias se entrançam e nos elevam em cordas flutuantes ao centro da Terra.<br />
<br />
Numa dança fluída nossos corpos se fundem e se tornam num só...<br />
<br />
Um só ser de sangue que pulsa a cada bater do coração da Mãe Terra...<br />
<br />
Retornados ao seu seio...Filhos de um mesmo ventre...filhos de uma mesma matéria ilusória que une uma mesma essência.<br />
<br />
<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-80602087502544932832011-10-23T02:26:00.001+01:002011-10-23T02:27:09.697+01:00Leva-me...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
Porque insistes em tocar-me com as tuas garras no meu ventre? Ainda sinto as tuas mãos a apertá-lo... Retenho a respiração para suportar a dor, mas tu não estás satisfeita! Queres levar-me ao limite uma vez mais, queres que reveja o passado, repense o futuro?<br />
<br />
Pois bem, chega...Leva-me se é isso que queres!<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-d6BFyhCyTao/TqNqKo2_WuI/AAAAAAAABJU/o3mGsV9b8_c/s1600/The_Guardian_by_blackwoodfarm.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-d6BFyhCyTao/TqNqKo2_WuI/AAAAAAAABJU/o3mGsV9b8_c/s320/The_Guardian_by_blackwoodfarm.jpg" width="251" /></a><br />
Já nada tenho a perder.<br />
<br />
Despojo-me de tudo e parto se esse for o meu destino.<br />
<br />
Corta-me em pedaços, dá-me como petisco aos abutres e enterra meus ossos na terra.<br />
<br />
Leva a minha alma ao Vale dos Mortos e dá-lhe o Sopro Final.<br />
<br />
Qual é o teu medo no meu fim? Porque não consegues terminar?<br />
<br />
Gostas apenas de me ver contorcer de dor? Agarrada às entranhas que me queres devorar?<br />
<br />
Vou permanecer quieta...serena...e se tiveres coragem...Leva-me porque estou pronta e despojada do meu corpo...<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-17710307761142565922011-10-20T01:08:00.001+01:002011-10-20T01:08:48.088+01:00Dança à Infinita Alquimia do Ser<br />
A noite cai como uma gota de orvalho<br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Ud937Er1gqw/Tp9jAkCBoyI/AAAAAAAABJM/5eeC03M6yCo/s1600/Dark+Goddess+Dancing.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Ud937Er1gqw/Tp9jAkCBoyI/AAAAAAAABJM/5eeC03M6yCo/s1600/Dark+Goddess+Dancing.jpg" /></a>Ao seu som o meu corpo sente uma cadência que vai seguindo<br />
Move-se como um rio que procura o mar<br />
Serpenteia no seu caudal, cai em cascata dos penhascos...<br />
<br />
Corre, Corre, Corre<br />
Corre até uma Foz inalcansável....<br />
Finalmente chega e em êxtase<br />
O seu movimento eleva-se em ondas de emoção<br />
Numa tormentuosa busca da Terra, sua amada<br />
<br />
E busca, busca, busca<br />
Busca e não a encontra<br />
Sua amante Lua o puxa, para cima e para baixo<br />
Conforme seu ciclo incita<br />
Como se de uma marioneta se tratasse...<br />
<br />
Ela conta uma história...<br />
A história do seu Sol, que busca em círculos e não encontra.<br />
<br />
E todos dançam, todos acompanham a cadência<br />
Dia a após noite<br />
Noite após dia<br />
Uma dança à Infinita Alquimia do Ser.<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-18523379789270821162011-10-17T23:51:00.001+01:002011-10-17T23:59:56.243+01:00Jornada da Transformação<div style="text-align: left;">
Na profunda escuridão da morte pedi-te que me levasses</div>
Que me deixasses abandonada nesse frio terror da noite sem fim<br />
Voei por vales e montanhas de sonhos despedaçados, de entregas rasgadas em bocados pelas ilusões.<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
Enterrei-me no sepulcro da raiz cinzenta</div>
Chorei...chorei...chorei...<br />
Os meus olhos não tinham água, mas sim um sangue negro que inundava aquela terra e a transformava num vermelho fogo<br />
E tudo ardia à minha volta, o calor deste inferno secou as minhas lágrimas, destruiu o meu finito ser<br />
Senti dilacerar-me a pele<br />
Derreter os meus órgãos <br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-zj6zeTuXz3g/TpyxUNBecaI/AAAAAAAABI0/MudlHyPUIpg/s1600/231312515.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-zj6zeTuXz3g/TpyxUNBecaI/AAAAAAAABI0/MudlHyPUIpg/s400/231312515.jpg" width="266" /></a>Consumir os meus ossos.<br />
<br />
<br />
Nada ficou...E eu assisti a tudo, à primeira vista, em pânico e sem perceber.<br />
Até que quando me vi consumida, destruída, extinta, soube: Eu já não existia!<br />
<br />
<br />
O ar levou as cinzas que restaram e senti um manto de água que me aconchegava e refrescava...<br />
<br />
<br />
Senti chegar-me a casa, pisar o frio granito de uma nova morada, deixar o rasto líquido de uma água que purificava aquele caminho.<br />
<div style="text-align: left;">
Outros me esperavam, em círculo, de mãos dadas...aguardavam que eu fechasse aquele momento de renovação.</div>
Os mantos de água caíram e à nossa volta uma cascata se levantou, ao centro a terra se abriu...<br />
<br />
Assim começou a Jornada...<br />
<br />
A cada transformação, o que é fútil e desnecessário, que nos prende a uma existência sem significado será eternamente apagado quando decidimos descer um pouco mais ao fundo da nossa alma.<div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-13874508750364924032011-09-15T22:26:00.000+01:002011-09-16T10:19:53.291+01:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-bLHcNYuU-rI/TnJsXiLzuyI/AAAAAAAABFk/A277LpXqy9c/s1600/plantar-arvore.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/-bLHcNYuU-rI/TnJsXiLzuyI/AAAAAAAABFk/A277LpXqy9c/s320/plantar-arvore.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O que aprendi, o que vivi, o que adquiri não é aquilo que tenho, é aquilo que sou.<br />
Cada conhecimento que me foi passado, cada decisão tomada são partículas do meu crescimento, do meu carácter e do que eu ofereço ao mundo.<br />
Desapegar do que já está gasto é um trabalho árduo, de suor e de lágrimas.<br />
É uma das maiores aprendizagens na vida: desapegar e dar o salto da mudança.<br />
Quando as raízes estão fundas, desconstruir, perceber os porquês e as origens é essencial para o desapego.<br />
Tantas são as teias que definem os caminhos que poderia ter seguido, algumas delas até se entrecruzam, sempre com destinos vários, todos possíveis e todos frutos de decisões tomadas em momentos chave.<br />
Voltar atrás nunca é possível.<br />
Será possivel reiventar-me das sementes pequenas que plantei, mas que fui ignorando e cortando ao longo dos anos?<br />
Será possível fazer reviver esta árvore mal tratada?<br />
<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-3240484328934038422011-08-07T02:22:00.001+01:002011-08-07T02:35:36.622+01:00Não desisti...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-CfWpvqjPbg0/Tj3m7ThA5uI/AAAAAAAABCs/OSmAbV3UVSk/s1600/5905359806_d7ce347c7c.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-CfWpvqjPbg0/Tj3m7ThA5uI/AAAAAAAABCs/OSmAbV3UVSk/s320/5905359806_d7ce347c7c.jpg" width="320" /></a></div><br />
No meu Silêncio espero por ti<br />
Sonho e danço para ti<br />
Sem saberes...<br />
Terei eu capacidade de abarcar tanto?<br />
Será assim tanto?<br />
Que medo...<br />
Que medo de sonhar depois da queda<br />
Que medo de pedir depois de perder.<br />
<br />
Mas eu quero<br />
Quero tanto que o meu peito explode<br />
Neste lamento<br />
Liberto o meu véu e voo ao som das notas<br />
O corpo flui e envolve-se numa cadência de querer<br />
De correr para ti<br />
Mas quando os meus olhos se abrem...<br />
Afinal fugi.<br />
<br />
Mas a aventura não pode acabar aqui<br />
Pois ainda não desisti...<div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-42359440973586881022011-06-08T00:10:00.001+01:002011-12-11T02:53:58.044+00:00Na Floresta quase Mágica... (II)<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-_3G5d-1rgy0/TbykCeyZPhI/AAAAAAAAA0A/yhK8yzw9To0/s1600/bosque+magico.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="171" src="http://3.bp.blogspot.com/-_3G5d-1rgy0/TbykCeyZPhI/AAAAAAAAA0A/yhK8yzw9To0/s320/bosque+magico.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Fern segurava aquela pequena criatura com todas as suas forças e pensava:</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span style="color: #444444; font-style: italic;">Tão curto é já o meu destino e tão curta a tua existência... que poderei ser eu para ti pequena Indrin, agora que estás sozinha no mundo?</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Depois de salvar a pequena menina procurou quem reconhecesse aquela família, isolada no meio da floresta, que deixou ao mundo aquele pequeno ser indefeso, uma pequena fada perdida no fogo.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Nada! Nem uma alma perdida sabia as suas origens.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Para trás ficava a tragédia daquela casa queimada, vidas perdidas...</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Na sua sossegada vivência já se acostumava aos sorrisos cristalinos de Indrin, à sua presença pura que gritava silenciosamente pelo seu afecto.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Indrin era uma menina de olhos de mel e cabelo de fogo, doce e curiosa. Ficava horas embebida nos afazeres de Fern. Sentada no seu banco de tronco de carvalho observava cada movimento da anciã com devoção.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">O tempo foi passando naquela cabana perdida no meio daquela floresta quase mágica...</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Horas, dias, semanas, lua após lua, estação após estação o coração de Fern sossegava, não estava só no mundo, assim como Indrin contava com protecção maternal da velha feiticeira.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Sabia que o fio da sua vida não era longo o suficiente para a acompanhar. O seu cabelo negro, há muito se tinha tornado num manto branco, como neve, as suas forças não respondiam como antes, mas algo a mantinha viva: Indrin. </span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Os seus dias eram passados a reconhecer, colher, secar e usar ervas; acender o fogo sagrado de Brigid; cozinhar; fiar, tecer e costurar; aprender o céu, os seus Astros, as conjunções, o que cada uma significava, as suas conjunturas e que feitiços poderiam ser feitos quando...</span></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Indrin ouvia-a falar atentamente como se absorvesse toda aquela sabedoria. Porém, tinha apenas 20 estações. Como podia uma criança tão pequena aprender tudo aquilo, não era possível, mas o tempo a prática e a repetição iriam ajudá-la, dizia Fern para si mesma.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Certa noite, perdida no tempo, como todas as outras noites, no meia daquela Floresta Quase Mágica, Indrin acordou com um riso. Era um riso agudo e não parecia ser da séria e composta Fern. Quem seria? De onde viria? Qual a razão daquele riso?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">O riso parou por uns momentos, fechou os olhos e o riso voltou, desta vez mais perto...</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Quando abriu os olhos viu uma luz a flutuar ao pé de si, era dali que provinha aquele riso. Não sentia medo, na sua mente ainda sonolenta só conseguia pensar: <i>Porque se ri? Parece que lhe contaram uma piada!</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">A resposta foi inesperada, mas imediata,<i> </i>uma voz aguda, distante, mas situada bem à frente do seu pequeno nariz:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">- Mexes as orelhas quando dormes, como as fadas!</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Humm?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">O que tinha acabado de ouvir, pensava Fern...uma voz quase sumida no ar a escarnecer das suas pequeninas orelhas pontiagudas, sem qualquer pintinha de vergonha! <i>Malvada!</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">-Quem és tu? Ou devo dizer o que és tu? E porque me vens incomodar as orelhas enquanto repouso os meus olhos, sem te apresentares sequer?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">-Calma muy nobre princesa Indrin, não quero ofendê-la! Sou a Boon, a fada dos sonhos. Ias ter um pesadelo e por isso vim acordar-te para dares um passeio comigo. Queres vir?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">-Eu não sou princesa, para começar esta conversa imaginária dos meus sonhos. Se ia ter um pesadelo devias deixar-me tê-lo e não vou a lado nenhum com uma luz pirilampo de se ri das minhas orelhas enquanto durmo! - responde Indrin</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">-Já estou a ver que mais uma vez me tocou uma refilona! Devem pensar que eu tenho a paciência dos entes para vos aturar... Se não quiseres vir não vens...eu vou andando sozinha.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">E Boon, lá foi flutuando em direcção à janela. Indrin, muito indignada pergunta:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">-E como sabes tu o meu nome?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Boon presunçosamente responde:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">-As fadas sabem tudo.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">-E Boon Sabe-Tudo, diz-me onde me queres levar? - questiona Indrin.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">-Quando lá chegares vês - responde Boon.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Indrin intrigada e curiosa com as palavras daquele ser mágico que a impelia a segui-la deu por si a sair da cama e a caminha na sua direcção, até que lhe pergunta:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">- Como vou eu sair, não consigo saltar a janela!</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">Com uma risada, só sua, Boon responde-lhe:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">-Como sabes se não arriscaste?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444;">E ao olhar para os seus próprios pés descobertos, Indrin percebeu que estes não tocavam o solo... Estava a voar, tal como Boon. Num impulso aquela luzinha brilhante janela fora, Floresta dentro rumo à aventura...</span></div>
</div><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-38099488397875685402011-04-25T07:35:00.002+01:002011-04-25T07:37:15.857+01:00Entre Auroras e AbismosAmigos, no natural silêncio das palavras trago-vos uma história na qual não há vilões, vítimas ou heróis.<br />
É a história de uma Alma que entre várias mortes e renascimentos foi apaixonadamente conduzida para um abismo igual ao de outras vidas.<br />
<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-N6TEkStlmqA/TbUTDN6eW5I/AAAAAAAAAzE/8LB7iM0WPgo/s1600/XVI_A_Torre.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-N6TEkStlmqA/TbUTDN6eW5I/AAAAAAAAAzE/8LB7iM0WPgo/s320/XVI_A_Torre.jpg" width="188" /></a><br />
<br />
Numa época situada algures na Idade Média, ela apaixonou-se por um Cavaleiro. Ela era uma das damas da Senhora daquelas terras.<br />
<br />
Rebelde e altruísta, vivia no Castelo junto ao mar e passava imenso tempo a aguardar que o seu Amante voltasse para ficar nos seus braços. Era feliz...<br />
<br />
Certo dia o Cavaleiro convida-a para a sua <i><b>Torre</b></i>, para que possam construir uma vida sem aquele sentimento doloroso de saudade. Apaixonadamente, mas de certo modo receosa a Dama aceitou o convite.<br />
<br />
Foi recebida de braços abertos pelo Cavaleiro, na sua humilde Torre, porém de coração fechado. A Alma daquela Dama fechou-se ao Mundo, tentando dar tudo de si mesma àquele que amava, àquele a quem se confiara. No fundo, ela sabia que era muito mais do que apenas aquilo, mas nada mais interessava... Porém o coração daquele Cavaleiro já se havia fechado para ela e ela sabia-o... Ele proferia palavras que a magoavam e ela ouvia, sofrendo em Silêncio.<br />
<br />
Ela sabia a razão pela qual tudo estava a acontecer, mas não podia acreditar que aquele a quem confiara o seu destino, aquele em quem confiava há anos ... Não, não podia ser...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-jqQ4ltIUGno/TbUQ1ajMXrI/AAAAAAAAAzA/ZUCjk5eWoOQ/s1600/abismo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-jqQ4ltIUGno/TbUQ1ajMXrI/AAAAAAAAAzA/ZUCjk5eWoOQ/s320/abismo.jpg" width="281" /></a></div>Mas assim foi... Ela não era uma Dama em apuros, não era alguém a precisar de ser salva do Abismo... Um Cavaleiro precisa de se sentir útil para a sua Amada, precisa de se sentir suficientemente grande e suficientemente forte para ela e ela tem de ser suficientemente pequenina e indefesa para poder ser salva.<br />
<br />
Mas ele apenas via o exterior e aquela mulher era demasiado grande, demasiado independente, demasiado ela, talvez...<br />
<br />
Não foi difícil de se apaixonar por alguém que pudesse salvar, deixando aquela Alma entregue a um novo Abismo e quiçá novas Auroras...em novas vidas.<br />
<br />
<br />
Em novas vidas, sim, porque aquela não foi muito além. Depois de tentar refazer a sua vida junto da sua antiga Senhora, não suportou a Dor e deu-lhe um final no Abismo do Inferno.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-3D2oIliZ7pc/TbUQ0ht-GYI/AAAAAAAAAy8/dfYHpqx1AgI/s1600/abismo.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-3D2oIliZ7pc/TbUQ0ht-GYI/AAAAAAAAAy8/dfYHpqx1AgI/s320/abismo.gif" width="212" /></a></div>Esta história repete-se na evolução desta Alma, até reencontrar a outra que a lançou ao Abismo, num novo tempo, numa nova vida... mas sempre a mesma história... Mudando apenas o final, esperamos nós.<br />
<br />
Que esta Alma continue na sua Aurora, na sua <span class="Apple-style-span" style="color: purple;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=mUMHSAALNSA&feature=related">Doce Aurora</a>,</span> após ter sido lançada ao Abismo.<br />
<br />
Como vos disse Amigos, nesta história, como em todas, não há vítimas, nem vilões. <br />
<br />
A dor, o desespero, a mágoa é que dão essa perspectiva.<br />
<br />
Não é apenas uma questão de intenção. Não somos ninguém para julgar, somos demasiado pequenos para tarefa tão grande, por isso erramos tanto.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><i> [...]You live the Dawn of fate</i></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><br />
<div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><i>You're invited to the fight</i></span></div><br />
<div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><i>[...]</i></span></span></div><br />
<div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><i>Can we save ourselves this time,sweet dawn.</i></span></div><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11381362.post-15678462640361516892011-04-24T02:10:00.004+01:002011-04-24T16:08:41.887+01:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-C4BBey9cs-4/TbN41uJHz4I/AAAAAAAAAy0/Ffhnh3tFLS4/s1600/Reina_de_espadas_by_ELENADUDINA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-C4BBey9cs-4/TbN41uJHz4I/AAAAAAAAAy0/Ffhnh3tFLS4/s320/Reina_de_espadas_by_ELENADUDINA.jpg" width="264" /></a></div><div style="text-align: right;">Ouvia histórias de que travaria batalhas</div><div style="text-align: right;">Que seria a Guerreira</div><div style="text-align: right;">Mas ninguém a preparou para a tortura</div><div style="text-align: right;">De viver daquela maneira!</div><div style="text-align: right;">Provação atrás de provação</div><div style="text-align: right;">E um longo caminho a percorrer</div><div style="text-align: right;">Sem destino, nem alcance</div><div style="text-align: right;">Sempre com força de viver.</div><div style="text-align: right;">Havia força e esperança</div><div style="text-align: right;">Naquela Humanidade</div><div style="text-align: right;">Mas o que não esperava</div><div style="text-align: right;">Era a traição e a vaidade.</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;">Viveu e cresceu com sonhos e ilusões</div><div style="text-align: right;">Cedo despertou</div><div style="text-align: right;">Caiu e se ergueu tantas vezes</div><div style="text-align: right;">Mas força não quebrou.</div><br />
<div style="text-align: right;">Uma magia a envolvia</div><div style="text-align: right;">A impunha a seguir e crescer</div><div style="text-align: right;">Mesmo sem saber o que viria</div><div style="text-align: right;">Algo a queria Ver.</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;">E assim seguiu</div><div style="text-align: right;">Rumo a destino incerto</div><div style="text-align: right;">Apenas com a força interior</div><div style="text-align: right;">E a magia do Ser por perto...</div><div class="blogger-post-footer">...In the end we just have the Silence of Truth...</div>Lunahttp://www.blogger.com/profile/07400307174086177509noreply@blogger.com0