Eu fui
Eu seria
Eu sou
Eu serei...
Na ilusória mentira verdadeira do dia-a dia
Procuramos razões para viver
Deixamo-nos ser peões
Num jogo de indefinidas regras
Que não percebemos, nem questionamos!
Na nostálgica memória da recordação
Fomos algo que hoje parece irreal
Fomos o que não nos parecia termos sido
Fomos uma parte indefinida
Do que somos no agora!
Na imaginável projecção do amanhã
Construimos e destruimos desejos
Voltamos e reviramos o que seremos
Sempre na indefinida consciência de que não sabemos,
No entanto, sabendo o que seremos!
A vontade de descobrir a nossa essência
Independentes da noção do tempo
"tempo" que não é o Tempo
Tempo que não encontramos
E no fim, feitas as contas
Sobra-nos apenas a Vontade
A Vontade de infininamente, simplesmente
SER
4 comentários:
Bonito poema querida Luna,
Algo me diz que a reviravolta dos tempos não durará muito, a queda se aproxima. E após dela um novo recomeçar.
Que as Crianças de Luz nos guiem,
Beijo
Herenya Na!
Ser o que somos. Ponto.
Este tempo que passa vai correndo silencioso, e deixa as suas marcas em cada um de nós...
São as cicatrizes que o tempo me deixou que me fazem viver cada dia, com vontade de SER melhor.
Aquilo que hoje me sufoca e tanto me dói fará de mim alguém diferente, e continuarei a SER!!!
Serei o que a vida quiser de mim, e recordarei o que já fui.
Serei talvez feliz, sendo o que for, o que SOU na realidade...
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Somos o que somos
porque eramos como eramos
e essa memória dá-nos a hipótese de decidir o que queremos vir a ser;
se o mesmo de outrora ou se é outra a hora.
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