Consegues contar as vezes que pedi na vida que estivesses ao meu lado?
Consegues imaginar as alegrias e tristezas que quis partilhar contigo?
Quantas vezes desejei que aqui estivesses, que me desses um conselho, um ombro, uma mão ou simplesmente a tua presença?
Quantas doenças padeci e não estiveste lá a dar-me a mão, a levar-me um chã (sabes o quanto gosto de chá?), a fazer-me rir...
Porquê agora, quando outros bem perto de ti, te pedem o mesmo?
Desejos de criança, imaginação grande, necessidade da tua imagem e da tua referência.
Mas sabes, mesmo assim cresci! Contigo ou sem ti, dou tudo de mim para ser o melhor que aprendi a ser!
Durante tanto tempo quis encontrar referências masculinas na minha vida...mas as poucas que tive foram suficientes...suficientes para perceber que lados solares e lunares todos os temos, mas cá dentro, não lá fora, nas ilusões que temos dos outros.
Agora chega: "Sou o que sou". Fiz-me assim... Filha do mundo, filha da Terra!
Sem ressentimentos, deixo-te também ser...apenas ser o que sempre aprendeste a ser, fiel a ti mesmo.
A ti pai, já contei a minha história...nada mais há a contar...apenas um bonito adeus.