Lua do Silêncio

Ou lua vazia, ou lua negra. É a lua de todas as possibilidades, de todos os inícios e de todos os fins.

Apareces...desapareces...vives apenas nos meus sonhos...
Quem és? Diz-me, por favor!
Se és uma ilusão deixa-me nos meus sonhos,
Deixa que a minha solidão me leve a bom porto!
Se és real, aparece na minha frente,
Deixa-me tocar-te, saber que és real e que me procuras!

Doce ilusão esta que vem e vai e me deixa num vazio nos dias que passo acordada a sonhar com a noite em que voltas para me abraçar!
Dura realidade esta que me afasta de ti, que me pareces um fantasma, uma mentira que me enternece!

O que és? Onde estás? E que vazio é este que deixas quando não sonho contigo!

Estarei louca? Estarei perdida nas minhas ilusões?

Só te peço que voltes a visitar-me esta noite, pois contigo os meus sonhos são seguros! Sempre que estás por perto não há pesadelos...


Na onda de emoções procuro-me, tento nadar até à margem!
É por demais cansativo remar numa emensidão ilusória, desconhecida!
Não consigo olhar para trás, não sei quem fui!
Quem sou? Alguém que procura alcançar algo maior,
Algo que poucos alcançaram!
Talvez o meu Graal, talvez a minha essência!
O bom, o bem e o belo de mim,
procurando-o no que me rodeia!

Continuo a remar contra esta maré de Mayas
Da ilusão dos olhos, que enfraquece o coração!
Passo por tudo pois sei que no fim verei a verdade das coisas
Sem ilusões...as verdadeiras cores e sons do Universo!
Até lá,
Continuo a remar...


Pequena, pequenina, uma criança em desenvolvimento!

Assim o sou
Escalo os degraus da vida
Na descoberta de mim
Na descoberta do meu Mestre
Vou devagar, até onde me é permitido.

Passo a passo
Degrau a degrau
Vou subindo
Deixando um rasto do que fui
Construindo aquilo que serei!

Subida incansável
Corrida vital
Em busca da essência de mim.

No presente vivo
Procuro-me e vou-me encontrando
Continuo caminhando
Em direcção ao Absoluto!





Na noite caminhamos, apalpamos a terra com os pés, pedimos para invadir o Reino que essa Grande Mãe nos ofertou!

Com a mente preparada ela nos oferece ainda mais do que pedimos: os seus perfumes, a sua luz, o sabor da noite clara e sabemos que em cada passo Ela nos protege!

Mater Rea, Divina, Celeste...pulsa no coração de quem a sente.

Um palpitar que percorre o nosso corpo, a nossa alma e toca até o nosso espírito.


Leva-nos até onde os teus caminhos nos permitem ir!

A tua energia nos honra com teus encantos.

As fronteiras entre os "mundos" são tão ténues que o todo faz parte de um só.

E lá ao fundo surge a Lua para Iluminar este caminho,

Lua, emotiva, mas sempre brilhante

Sua luz acalenta a humanidade, refúgio de sonhos e pensamentos!

Guarda seus segredos, tal como a Terra, tal como o Sol.

Sol que escondido se sente a radiar cá dentro,

No centro de tudo, no radial do corpo onde tudo se religa

Ele que nos faz perceber que todos temos uma essência divina.

Que melhor presente se pode ter





Hoje apeteceu-me apenas escrever, simplesmente deixar que os dedos dessem forma ao que vem lá do mais profundo oceano da alma, quiçá do espirito!




Apetece-me perguntar ao mundo: são felizes? Sabem procurar a felicidade nas pequenas coisas?


Quem algum dia sentiu felicidade por ver alguém sorrir, quem sentiu felicidade por ter acordado, quem sentiu felicidade por um passarinho pousar na sua janela ou uma borboleta lhe passar à frente?


Buscar a felicidade não é dificil, dificil é compreendê-la. Compreender que essa felicidade são os pequenos passos na evolução de cada um e na evolução de quem nos rodeia.


Mas a preguiça é tanta, a alienação é tal, que cada um só consegue olhar para o seu próprio umbigo, vivendo no seu próprio mundo, sem fazer qualquer esforço nem para si, nem para ninguém!


Revolto-me, revolto sim, talvez contra mim própria por por vezes agir da mesma forma, mas revolto-me mais quando isso me atinge.


Sou humana, mas não somos todos?

Sentes nas entranhas as dores do mundo
Nas mãos tens a missão de embalar os homens.
As lágrimas dos que choram são como athames
Que ferem o teu espírito.
Porém, em cada ferida e em cada dor
Se encontra tua chama...

A chama que cura
A chama que guia
A Luz intensa da vontade e da esperança
A luz do puro e divino amor.

Celestial e divina
És a Mãe do mundo
O fogo sagrado que cria, que cura, que age.
A Mãe que transforma a matéria prima de todas as coisas!

Mãe que inspiras a Arte
Que és base da Ciência
Que dás alento ao pensamento!

Cobre-me com a tua luz
Acalenta-me com teu manto
Ajuda-me a embalar quem necessita dos teus braços!

E assim esqueço as dores do passado
Enfrento o presente ajudando o futuro.

Nos meus sonhos és tu quem me dá alento
Inspiração, força e luz!

És a Mãe divina e celeste
És a chama que dá a vida!

" No fim de contas, aprender é isto: não se ganhamos o jogo mas como o perdemos e como mudamos por causa dele e o que obtemos dele, que antes não tínhamos (...). Perder, de certo modo curioso, é ganhar. "

Richard Bach in A Ponte para a Eternidade


"Não é o desafio que define quem somos nem o que somos capazes de ser, mas como enfrentamos esse desafio: podemos incendiar as ruínas ou construir através delas, e passo a passo, um caminho que nos leve à liberdade."
by Richard Bach

Nas cores do arco-íris procuro o meu tesouro
Em cada cor encontro uma pista
Em cada pista dou um novo passo
A cada passo rumo à verdade!

Destino, teias traçadas
Cumpro-o com orgulho...
A dor, os tropeços são momentâneos
E são secundários
Se não perdermos de vista para onde seguimos!

Em silêncio, cá dentro
Encontramos as respostas que sempre procuramos
E afinal estavam tão perto...
Basta ousar... arriscar...

Tudo chega no seu tempo
Quando nao esperamos
Mas quando realmente estamos prontos!

Que nunca falte a força e a vontade para seguir em frente!


Sempre perdida, sem saber por onde pôr os pés
Sempre em dúvida sobre o caminho a seguir!
Hoje caminho devagar, porém na direcção traçada para mim...
Para trás ficam desilusões, inimizades, perdas!
Para a frente...outras virão...

Para alguns é dificil ver os outros crescer
Para outros eles deixam de ter interesse
E ainda há aqueles que acabam por se esquecer da existência dos outros!

Assim são as provações de quem ousa dar apenas mais um passo
Pequenas provações porque piores poderão vir!

Continuo...Sigo o meu caminho...
Na minha solidão vou observando
O ir e vir, o traçar e destraçar de trilhos
Daqueles que me rodeiam!

Por isso a solidão é bem mais honesta
Será sempre o Porto Seguro
De um destino incerto
Impestado de gente incerta!

Cansada
Cansada do desânimo estampado na face dos outros
Cansada do desespero que até os outros desespera!

Perdidos todos estamos
Mas tudo reside na esperança de nos encotrarmos
Na tristeza e no desalento apenas nos perdemos!

Egoismo, puro egoismo
Só porque não somos todos iguais
Só porque os outros não giram à volta dos seus interesses?

Que direito têm essas crianças mimadas
Que se acham os mais velhos seres à face da terra?
E que sejam velhas essências?
Que aprenderam até hoje para continuarem onde estão?
Velhos devaneios isso sim!

Porém, cada um tem o seu caminho
Cada um segue por onde tem de seguir!
Continuarei na eterna busca de auto-conhecimento
Em tempestades ou em belos dia de Primavera!

Continuarei a dar cor ao que antes parecia a preto e branco
Continuarei da preencher o que antes estava vazio
Continuarei a perseguir o que antes apenas parecia névoa
Porque deste trilho ninguém me desvia!

Sou um pequeno algo em busca de algo mais
Na intempestiva forma de ser eu...
Em cada sopro algo mais se acrescenta...uma gota caída num oceano...mas que pela sua composição o transforma...
Anseio chegar ao mais divino de mim mesma...
Serei digna de tal conquista?

Alta é a montanha... A subida perigosa... O voo tem de ser alto, mas gradual...
Passo a passo...degrau a degrau...firmada...em busca do firmamento!

Sinto tanto a tua ausência,
Os dias e os momentos que queria ter partilhado contigo ao longo da minha vida...
Sem ti estou perdida do mundo, perdida de mim mesma, perdida de uma parte de mim!
Quando poderei ter-te comigo, quando poderei realizar o desejo de te reencontrar, realizar o meu sonho?
Olho o mar esperando ver ao fundo o barco que te poderá trazer...
Olho o céu desejando ser pássaro para voar até ti...
Mas o frio das rochas nos meus pés descalços trazem-me de volta à terra...
À minha frente vejo um mar vazio e um céu cheio de nuvens e de aves que nada sabem de nós!
E assim fico à espera que um dia possa tudo ser real, que as histórias do passado percam o véu que as velam, que o céu volte a ser azul, que o mar te traga numa caravela e que eu me torne um ser alado para poder chegar a ti!

Sinto o vento balancear-me...
Acaricia-me a face e os cabelos
Ameniza a dor que corre cá dentro
Esvazia o turbilhão que corre nas minhas veias.

E assim mais leve posso partir
Em busca dos pedaços perdidos nos tempos
Pedaços do que fui, sou e serei...

A busca eterna do céu em mim
Levada pelo éter que corre nas minhas veias
O Sopro de vida que une cada átomo do meu ser!


É preciso perder-se para se reencontrar...
Passar as privações do sofrimento para dar valor à felicidade...
Ainda assim estamos a ser testados constantemente,
Postos à prova em cada passo que damos
Para provar que merecemos as dádivas desse estágio!

E assim caminhamos...
Num dia sabemos onde pomos os pés
Sentimos a firmeza do solo...
Noutros, esse mesmo solo revela-se pura areia movediça.
Ilusão...imaginação...nem tudo é o que aparenta ser...
Mais um passo...mais seguro?
Talvez sim, talvez não? Quem sabe?

Um passo de cada vez...sustentado...
Criando, não raizes, mas bases, conhecimento de causa...
Não voltando a tropeçar no mesmo degrau
Mesmo já estando um passos à frente...

E assim se perde e se (re)encontra
A essência do que somos e para onde vamos...
Nada se perde...Nada se cria...
Tudo se (re) formula, tudo se (re) encontra...


Para além do Universo luminoso,
Cheio de formas, de rumor, de lida,
De forças, de desejos e de vida,
Abre-se como um vácuo tenebroso.

A onda desse mar tumultuoso
Vem ali expirar, esmaecida...
Numa imobilidade indefinida
Termina ali o ser, inerte, ocioso...

E quando o pensamento, assim absorto,
Emerge a custo desse mundo morto
E torna a olhar as coisas naturais,

À bela luz da vida, ampla, infinita,
Só vê com tédio, em tudo quanto fita,
A ilusão e o vazio universais.


Soneto de Antero de Quental


Não é justo...
Um caminho para seguir em frente
Presa por uma história por contar...
A minha própria história...
Ninguém tem o direito de a omitir
Não a quem mais tem o direito de a saber!

Revolta, tristeza por ter de seguir em frente
Sem conhecer uma parte reveladora
Das origens...
Do tempo em que ainda estaria para reencarnar!

Quero saber preciso saber
Em que circunstâncias reapareceu este ser...
Cada coisa a seu tempo...
Porém, algo ficou a apodrecer no armário...
E o caminho não pode parar...
É urgente continuar a percorrê-lo...

Quem sabe, quem pode contar,
Quem pode desenlaçar o nó da origem desta existência...

Uma história por contar...
Acabada...
Ninguém tem mais direito de saber a sua história que o próprio ser em causa...


Nunca ninguém disse que era fácil
Os dois caminhos afinal complementam-se num
Que mal foi percorrido.

A busca da luz, degraus com sustento
Voltar a ser criança
A criança com vontade e curiosidade de aprender
Criança com coragem de querer crescer
E e de ir até ao fim!

O momento?
Todos os momentos podem ser o certo,
Desde que se veja a luz que acompanha o caminho...

Passo a passo, sem medos...
Nada mais há a temer
Do que enfrentar o que fomos e o que somos
O que fizemos e fazemos!

Só assim podemos consagrar o nosso caminho
Com pétalas da Rosa que vai desabrochando do nosso coração!



As águas agitam-se cansadas da rotina...
As ondas tornam-se mais bravas...
É hora de mudança!

Mudar de vida
Alterar o que não significa nada,
Manter o que ainda nos faz esboçar um sorriso
E seguir!

Nada é eterno... nada é certo...
Cada mente a sua demência...
E cada tolo sua intenção.

Entre as brumas do que pode ser o futuro,
Seguimos o que nos dizem aqueles que não vemos...
ou será... simplesmente...
O nosso Coração?
Que seja....

Que venha a melhor...
Para nós e para os outros...

Que cada um tenha a mudança que deseja e merece,
Que a mudança venha quando tiver de vir...
Não tenhais medo avançar quando ela chegar,
pois é hora...
É hora de MUDANÇA!


Sou quem sou
Não consigo deixar de o ser
Enterro-me nos meus erros,mas sempre na esperança de uma saída!

Procuro as respostas no essencial
E grão a grão desenterro-me das garras da dúvida!
Porém os passos curtos não são muitos e mais dúvidas surgem...

A Paz que procuro está à vista,
Mas tenho de a merecer...
Passo a Passo se vai buscando uma nova razão para A alcançar!

Sei que depois de A alcançar outros trabalhos virão...
Assim foi e assim será...
Mas o "será" vem com outro conhecimento...outro entendimento...

E com as perspectivas de não desistir da caminhada
Escrevo pela 100ª vez neste espaço onde fala o meu silêncio
Onde a minha existência vai deixando um pouco de si...


Luna

Who am I?

A minha foto
Desde cedo, começou por explorar práticas espirituais que a ligam directamente à Natureza, aos ciclos da Terra e ao Sagrado Feminino. Apaixonada por todas as formas de expressão criativa, começou o seu trajecto na escrita criativa, artes plásticas, desenho e pintura. Criou e participou em diversos blogs de escrita poética, investigação e espiritualidade. Desenvolveu a sua formação académica na área da Comunicação e participou em várias formações de Dança Contemporânea, Consciência Corporal, Teatro, Escrita Criativa e Artes Plásticas. Actualmente estuda Movimento Oriental. Em 2007 foi a fundadora do conceito ArtingLuna, através do qual expressa a sua linha de artesanato, em acessórios de tecido, incensos rituais, cabazes gourmet, entre outros. O conceito ArtingLuna é também a base pela qual tem desenvolvido a conexão terapêutica da Arte com a Espiritualidade, através de vários ateliers, workshops, encontros e círculos.

Um história para todos...

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