Marinheiro
Tu que navegas nesse mar turbulento
Que encontraste um sonho num Porto
E deixaste dois quando te forçaram a partir!
Tu que ainda hoje sonhas
Mas não podes lutar
Tu que ainda hoje desejas
Mas não podes ter!
Vens de mansinho pela noite
Buscar-me nos meus sonhos
Levas-me pela mão
Para em vão tentar mostrar-me o teu mundo!
O teu mundo que é meu
O teu meu mundo que é daquela
Que te forçaram a deixar
Com o teu sonho no seu ventre!
Aquela que amaste
Aquela com quem sonhaste
Aquela com quem ainda sonhas
Aquela que também és tu!
Tu que ainda sabes sonhar
Terás um dia a tua recompensa
De ver de mansinho chegar
Aquelas em que mais pensas!
Vem agora caminhar nos meus sonhos
Marinheiro deste mar de tempestuoso
O porto que nos separou
Será um dia o nosso Abrigo!
Dedicado às duas pessoas que sonharam e me fazem sonhar, aqueles a quem devo o meu sonho